HAMAS LIBERTA OS 20 REFÉNS VIVOS EM TROCA DE 1.968 PRESOS PALESTINOS

 

Civis e militares sequestrados pelo Hamas retornam a Israel, trocados por 1.968 presos palestinos, como previa a primeira etapa do plano de paz. Quatro dos 28 corpos de sequestrados são entregues às famílias.

Após 737 dias — ou 17,6 mil horas — de angústia, medo e saudade, os reféns voltaram para casa. Vinte dos 250 israelenses sequestrados pelo movimento terrorista islâmico palestino Hamas, em 7 de outubro de 2023, foram libertados ontem e reencontraram familiares. Ruhama Bohbot entrou no quarto do hospital de braços abertos para receber o filho Elkana, 36 anos, capturado em rave no kibutz de Re'im. A ex-refém Noa Argamani pôde beijar o namorado, Avinatan Or — de quem estava separada desde 9 de junho de 2024, quando foi solta. A cena emocionou o mundo! Após ser obrigado a cavar a própria cova pelo Hamas, Evyatar David, 24, emocionou-se ao ver os amigos na porta do Centro Médico Rabin, em Petah Tikva (centro). Do outro lado da fronteira, em Gaza, ônibus abriam espaço em meio à multidão, em Khan Yunis. Dentro, muitos dos 1.968 prisioneiros palestinos que ganharam a liberdade acenavam. Assim que saíram, foram recebidos com abraços, beijos e lágrimas. Horas depois, no Egito, o presidente dos EUA, Donald Trump, assinou o acordo de cessar-fogo, sem a presença de Israel e do Hamas. "Temos paz no Oriente Médio", avisou Trump.

"Você é minha vida (...), é meu herói", repetia Einav Zangauker, enquanto segurava o rosto do filho Matan, 25. "Matan, meu amor, acabou a guerra", disse a mãe, que se tornou uma das maiores críticas do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e uma das faces do sofrimento dos parentes dos sequestrados. Os familiares de Guy Gilboa-Dalal, 24, gritavam e soluçavam ao revê-lo. "Acabou, passou", celebravam.

Os 20 reféns foram libertados em dois grupos: os primeiros sete — Matan Angrest, Alon Ohel, Omri Miran, Eitan, Guy Gilboa-Dallal e os gêmeos Gali e Ziv Berman — passaram à responsabilidade da Cruz Vermelha pouco antes das 8h pelo horário local (2h em Brasília) e, depois, às Forças de Defesa de Israel (IDF). O segundo grupo de 13 reféns foi entregue em seguida. Todos os 20 pareciam magros e frágeis, mas conseguiram caminhar. Em Tel Aviv, milhares de israelenses se reuniram na Praça dos Reféns para acompanhar a libertação.

Já o Secretário-geral da Iniciativa Nacional Palestina, Mustafa Barghouti denunciou violações dos direitos humanos aos prisioneiros palestinos soltos. "Muitos dos presos palestinos libertados hoje relataram que foram submetidos a quatro dias de péssimo tratamento, incluindo espancamento, humilhação, privação de sono e comida, e muitas ameaças. Também foram algemados por um longo período, o que os deixou com ferimentos e escaras", disse à imprensa.

Em Ramallah (Cisjordânia), para onde parte dos presos libertados foram levados, Mahdi Ramadan descreveu a sensação de passar a primeira noite fora da prisão, ao lado dos pais. "É um sentimento indescritível, como renascer", declarou à agência de notícias France-Presse. Nur Sufan, 27, teve a oportunidade de ver o pai pela primeira vez: Musa foi preso meses após seu nascimento. Samer Al Halabiyeh, outro libertado, disse à AFP que "os prisioneiros vivem da esperança". "Voltar para casa, para nossa terra, vale todo o ouro do mundo", desabafou.

Agora a luta é outra, recosntruir a Faixa de Gaza, que foi destruída literalmente pelo exército de Israel. O presidente Trump pediu ajuda aos países ricos que ajudem nesa construção, pois segundo o presidente americano será preciso construir uma nova Faixa de Gaza.

Da Redação (Fontes: Estado de Minas e Correio)

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