ABIN PARALELA ESPIONOU AUTORIDADES E BENEFICIOU FILHOS DE BOLSONARO, DIZ PF

 

O monitoramento ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL) incluiu políticos, magistrados e jornalistas, segundo as investigações da Polícia Federal. A chamada “Abin paralela” também produzia dossiês e disseminava notícias falsas contra adversários. Na decisão que autorizou a Operação Última Milha da PF, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes diz que as investigações mostraram que a “utilização dos recursos da Abin” teve o objetivo de “obter vantagens políticas”. Entre as autoridades monitoradas estão o próprio Moraes, Arthur Lira (PP-AL), que preside a Câmara dos Deputados, e o senador Renan Calheiros (MDB-AL), assim como as jornalistas Mônica Bergamo e Vera Magalhães. A Abin utilizou um programa chamado FirstMile para monitorar a localização de alvos pré-determinados por meio dos aparelhos celulares. (Globo)

E a PF encontrou o áudio de uma reunião em que Bolsonaro, o general Augusto Heleno, então chefe do Gabinete de Segurança Institucional, ao qual a Abin é subordinada, e o ex-chefe da Abin Alexandre Ramagem discutem um plano para anular o inquérito das “rachadinhas” contra o senador Flávio Bolsonaro. Segundo aliados, o ex-presidente está furioso por Ramagem ter mantido no celular um áudio tão comprometedor. (Estadão e Globo)

A estrutura da “Abin paralela”, segundo a PF, mandava marcar o vereador Carlos Bolsonaro em postagens nas redes sociais com fake news que miravam adversários políticos. Também foi utilizada para produzir provas a favor de Jair Renan, que era alvo de um inquérito pela suspeita de tráfico de influência. (Globo)

Os detalhes do caso foram divulgados depois que Moraes levantou o sigilo da quarta fase da Operação Última Milha, realizada ontem. A PF cumpriu cinco mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão em Brasília, Curitiba, Juiz de Fora, Salvador e São Paulo. (UOL)

JUSTIÇA DETERMINA QUE "APÓSTOLO" RINA, LÍDER DA IGREJA BOLA DE NEVE, ENTREGUE ARMAS EM 48 HORAS

 

O pastor é investigado por suspeita de “ameaça, difamação, injúria, lesão corporal, violência doméstica e psicológica” contra esposa.

O desembargador Hugo Maranzano deu 48 horas para que o pastor entregue à Justiça todas as armas que estão em sua posse. Ele destaca que a própria defesa do acusado confirmou a posse e já tinha colocado a arma “à disposição” da Justiça.

O "apóstolo" Rina é acusado por lesão corporal, violência psicológica, ameaça, injúria e difamação feitas pela esposa do líder religioso, a pastora e cantora gospel Denise Seixas . Em depoimento à Polícia Civil, ela disse que sofreu diversos tipos de agressão durante todo o relacionamento com o pastor, de xingamentos a violência física.

Denise Seixas relatou diversos tipos de agressão por parte de Rinaldo, como socos no rosto, cadeira jogada na direção dela e ameaças para ter relações sexuais com o pastor.

No dia 12 de junho, a Justiça concedeu uma medida protetiva para Denise. De acordo com a decisão, Rinaldo deve se manter pelo menos 300 metros de distância da mulher, seus familiares e eventuais testemunhas do processo. Além disso, ele está proibido de manter qualquer tipo de contato com a vítima, mesmo que por intermédio de terceiros.

A cantora gospel disse que nunca denunciou Rinaldo por “medo de sua influência”. Segundo ela, nos últimos dois meses, perdeu o acesso às redes sociais e teme que alguém faça algo contra sua reputação.

Denise Seixas também afirmou que não tem acesso às suas finanças, tendo que recorrer a uma pessoa indicada por Rinaldo sempre que precisa de dinheiro.

Em nota à imprensa, Rinaldo Pereira negou “qualquer prática violenta” e disse confiar na apuração “isenta e técnica” de todos os fatos pela Polícia Civil e Ministério Público.

Há também uma outra cusação que pesa contra Rina, uma ex-funcionária denunciou no dia 21/06, que Rinaldo Pereira, conhecido como Apóstolo Rina, por importunação sexual. Segundo relato da vítima à polícia, o crime aconteceu em 2017, período em que a mulher trabalhava para o líder religioso.

Segundo o boletim de ocorrência, a mulher trabalhava na igreja Bola de Neve quando, em 2012, foi chamada por Rinaldo para trabalhar em sua casa. De acordo ela, o suspeito sempre a chamava até o último andar da casa, local onde funcionava uma espécie de academia e uma sala de TV.

A vítima relatou na ocorrência que, nessas idas, Rinaldo passava por ela sem camisa, pedia ajuda para realizar os alongamentos e solicitava massagens. A mulher revelou que o homem também a massageava e que, em certas ocasiões, aproximava as mãos de seus seios.

Ainda segundo a ex-funcionária, Rina teria a puxado pelos braços de frente e ela se desvencilhou e saiu da casa.

Os advogados do "apóstolo" negam a violência e dizem que irão processar a mulher.


REVERENDO PEDE QUE PREGADORES NÃO USEM INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PARA PREPARAR SERMÕES

 

O uso de inteligência artificial (IA) na preparação dos sermões se tornou uma preocupação da liderança de muitas igrejas. Um dos que expressaram sua preocupação foi o reverendo Martin Seeley, da Igreja da Inglaterra.

Em um pronunciamento, Seeley – bispo de St Edmundsbury e Ipswich – enfatizou que o clero não deve usar inteligência artificial para escrever sermões, pois isso não consegue “transmitir a fé ou integridade do pregador”.

O bispo afirmou que recentemente participou de uma conferência sobre sermões, onde muitos estavam “bastante abertos aos benefícios” de se usar a inteligência artificial, o que o deixou alarmado.

Um dos participantes, disse o reverendo, descreveu como vantajoso o fato de que “tudo o que o aplicativo de IA faz é pegar o trabalho de outras pessoas — inúmeras fontes às quais ele tem acesso — e moldá-lo em um sermão de acordo com as instruções do pregador”.

Entretanto, Seeley destacou o perigo de remover a contribuição de um indivíduo no processo: “Um pregador deve ter fé e integridade, e isso precisa transparecer quando ele prega. Como um sermão construído eletronicamente, onde o pregador simplesmente disse ao dispositivo de IA o que escrever, pode transmitir a fé ou integridade do pregador?”, questionou.

“Afinal, na pregação, o próprio pregador é uma parte fundamental da mensagem. Com esse aumento na inovação tecnológica, pode ser difícil, eu acho, lembrar o que significa ser um ser humano em tudo isso. Temos sido tentados a tratar a tecnologia como substitutos dos seres humanos – em vez de agentes de conexão humana”, acrescentou o reverendo.

De acordo com informações do portal Daily Mail, Seeley demonstrou seu zelo pela pregação e seu propósito: “O Chat GPT pode muito bem produzir um sermão bem elaborado, mas os melhores comunicadores são aqueles que se conectam com sua congregação em um nível mais profundo, de pessoa para pessoa”, afirmou.

Seeley também contrapôs aqueles que argumentam que a IA é “apenas uma extensão do que acontece agora, onde um pregador examina livros e lê sermões de outras pessoas antes de moldar o sermão que irá pregar”, ponderando que “um sermão de IA não substitui um sermão pregado diretamente do coração”.

Ao final, o bispo da Igreja Anglicana disse que a IA “pode acelerar o processo de escrever um sermão, uma redação ou qualquer outra coisa, mas, como o nome sugere, mas segundo ele, será sempre ‘artificial’”. (Fonte: Gospel+)

PASTORES ABUSADORES?

 


Neste vídeo o jornalista Haroldo Mendes fala sobre pastores abusadores que usam o título e a posição de pastores para praticarem crimes sexuais. Clique em leia mais e confira o vídeo!

POLÍTICA E RELIGIÃO PODEM SE MISTURAR?

 Assista o vídeo com os jornalistas Haroldo Mendes e Gérson Siqueira