EVANGÉLICOS FUNDAMENTALISTAS ADORAM FLERTAR COM A EXTREMA-DIREITA

 

Todos temos acompanhado pelas mídias sociais e pela imprensa o desempenho agressivo do auto intitulado ex-coach Pablo Marçal, em sua campanha para a prefeitura de São Paulo.

Mesmo se declarando representante da direita e devoto do ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-coach acabou criando um problema sério para o atual prefeito (apoiado por Bolsonaro) e também candidato a reeleição da maior cidade do país, Ricardo Nunes.

Bolsonaro nega qualquer apoio a Marçal, que inclusive, já virou alvo da artilharia digital da família Bolsonaro, destaque para o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, a quem recentemente em entrevista coletiva, Marçal chamou de retardado.

Não obstante tudo isso, dividindo a direita e criando confusão com a família Bolsonaro, Marçal responde a processos por calúnias e difamação contra seus adversários políticos, entre eles Guilherme Boulos, também candidato à prefeitura de SP, a quem acusou de ser usuário de cocaína, sem contudo apresentar nenhuma prova. Boulos segue na liderança das intenções de votos em São Paulo.

As façanhas do coach não terminam aí. Ele agora quer abocanhar uma fatia importante do eleitorado, que é o público evangélico. E parece que está conseguindo atrair setores mais conservadores entre eles.

Não sei se é sina ou estigma, mas evangélicos no Brasil adoram flertar com a extrema-direita. É uma predileção que vai de encontro contra tudo o que Jesus ensinou.

Quem não se lembra na campanha para presidente em 2022 do apoio quase que maciço dos evangélicos a Jair Bolsonaro? Como esquecer a visão de crentes fazendo arminha com as mãos dentro dos templos evangélicos, afirmando apoio ao delírio bolsonarista de armar a população?

É algo incompreensível a adesão do segmento evangélico aos partidos e políticos da extrema-direita. Em nome do conservadorismo querem perpetuar a barbárie e o atraso social e cultural. A impressão que fica é que eles, os evangélicos conservadores, querem implantar uma espécie de teocracia inspirada no Velho Testamento aqui no Brasil. Existe sim um projeto de poder dos evangélicos ditos conservadores. Basta observar as pautas e prioridades da chamada Bancada Evangélica ou Bancada da Bíblia.

Como cristão, pastor protestante e jornalista é meu dever denunciar toda e qualquer articulação que possa macular o Evangelho da Graça  e a proposta de justiça social e amor ao próximo de Jesus.

Nem Pablo Marçal e nem Bolsonaro ou mesmo Lula estão à altura da mensagem libertadora de Jesus.

Como igreja devemos refletir e não nos deixar levar por enganadores como Pablo Marçal, mas sim firmar nossos pés em Jesus e em seu Evangelho de salvação e graça.


Haroldo Mendes


DIA DO PASTOR E DA PASTORA EVANGÉLICOS SEGUE PARA SANÇÃO DO PRESIDENTE

 

Avançou no Senado o projeto que cria o Dia Nacional do Pastor Evangélico, a ser celebrado todos os anos no segundo domingo de junho. O texto foi aprovado na Comissão de Educação e Cultura (CE) nesta terça-feira (13), e caso não haja recurso para votação em Plenário, o texto seguirá para sanção presidencial. 

O PL 4.029/2021, da Câmara dos Deputados, recebeu parecer favorável do senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), que sugeriu ajustes de redação. 

A data já é formalmente comemorada em alguns municípios. Esse é o caso de Aparecida (SP), que, em 2023, criou uma lei para incluir o Dia Municipal do Pastor Evangélico entre as datas comemoradas pela cidade.

De acordo com os dados do Censo de 2010, 22,5% da população se declarava evangélica naquele ano. Os dados sobre religião do Censo 2022 do IBGE estão sendo processados e ainda não foram divulgados. Segundo levantamento do Datafolha, 31% dos brasileiros se declaravam evangélicos em 2020. Zequinha modificou a proposta para incluir as mulheres e denominar a data como Dia Nacional da Pastora Evangélica e do Pastor Evangélico. 

— Pastores são comprometidos em encorajar uma vida com princípios baseados na Palavra [de Deus], trazendo forte contribuição para a educação religiosa e formação espiritual. 

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) elogiou o parecer do senador Zequinha Marinho ao destacar que, ao instituir um dia dedicado a eles, oferece também a oportunidade de reconhecer e ampliar o debate sobre o trabalho exercido por essas lideranças, principalmente em pequenos municípios “onde muitas vezes o Estado não chega”. 

A votação foi conduzida pelo presidente da CE, senador Flávio Arns (PSB-PR).

Fonte: Agência Senado

POLÍTICA E RELIGIÃO PODEM SE MISTURAR?

 Assista o vídeo com os jornalistas Haroldo Mendes e Gérson Siqueira