Pastor Ed René Kivitz reafirma necessidade de atualizar a interpretação da Bíblia para evitar o racismo, sexismo e xenofobia

 

O pastor Ed René Kivitz, líder da Igreja Batista de Água Branca em São Paulo, conhecido por sua visão mais abrangente sobre a interpretação da Bíblia, gerou mais uma onda de críticas após suas recentes declarações durante o evento Conversas Pastorais, realizado em 18 de março. Kivitz reacendeu o debate ao defender uma leitura adaptada das Escrituras, alegando que uma compreensão estritamente literal do Livro Sagrado “perpetua pecados como racismo, sexismo e xenofobia”.

Durante o evento, o pastor destacou a importância de não se prender apenas ao que foi dito no passado, argumentando que uma mentalidade estática pode perpetuar desigualdades históricas. Em sua pregação o pastor Ed reafirmou uma ministração anterior, em 2020, quando ele declarou a necessidade de atualizar a Bíblia para os dias atuais. 

As críticas às afirmações de Kivitz não tardaram a surgir. Pastores com viés mais literalistas e fundamentalistas, como Renato Vargens, pastor da Igreja Cristã da Aliança em Niterói, Rio de Janeiro, reprovou a fala de Kivitz, rotulando a mensagem dele como um “falso evangelho” e “cheio de sofismas”. Ao site Pleno News, Vargens reiterou a importância da Bíblia como um escudo contra o erro e enfatizou sua inerrância como Palavra de Deus.

A controvérsia também se manifestou nas redes sociais, com comentários divergentes sobre as declarações de Kivitz. Alguns internautas expressaram desaprovação, questionando a base das afirmações do pastor e acusando-o de distorcer a verdade. (Da redação)

Vaticano diz que aborto e mudança de sexo são "ameaças à dignidade humana"

 

Existe resistência à visão progressista do papa Francisco dentro da Igreja Católica. A ala conservadora do Vaticano conseguiu aprovar um documento que trata as cirurgias de mudança de sexo e o aborto como “ameaças graves à dignidade humana”.

O documento foi divulgado pelo Vaticano na segunda-feira, 08 de abril, e abrange ainda outros assuntos, como as práticas de “barriga de aluguel” e eutanásia. Intitulado “Dignitas Infinita”, o documento foi redigido pelos bispos da África, que lideram a ala conservadora da Igreja Católica.

Diante do combate dessas lideranças contra o progressismo crescente na Igreja Romana, o papa se viu obrigado a aprovar o documento.

De acordo com informações do chefe do Gabinete de Doutrinamento do Vaticano, o cardeal Victor Manuel Fernández, Francisco solicitou que os bispos mencionassem também “a pobreza, a situação dos migrantes, a violência contra as mulheres, o tráfico de seres humanos, a guerra e outros temas”, numa espécie de contrapartida dos conservadores.

Os conservadores católicos pontuaram que as “barrigas de aluguel” (ou barrigas solidárias) são uma violação à “dignidade tanto da mulher responsável pela gestação como a da criança”. O documento pontua que o papa Francisco considera “desprezível” essa prática, que tem se tornado comum em muitas regiões do mundo.

As cirurgias de mudança de sexo – ou mudança de gênero, é reprovada pelos bispos, que pontuam que “qualquer intervenção de mudança de sexo, em regra, corre o risco de ameaçar a dignidade única que a pessoa recebeu desde o momento da concepção”.

Sobre aborto, eutanásia e pena de morte, o documento também reforça a condenação permanente do Vaticano às três práticas, com citações do próprio Francisco e dos papas que o antecederam, Bento XVI e João Paulo II, assim como documentos anteriores do Vaticano. 

Os católicos conservadores se posicionam também contra o abuso sexual, tratando esse crime como uma ameaça à dignidade humana que se tornou “generalizada na sociedade”, incluindo dentro da própria Igreja Católica, assim como a realidade de violência contra as mulheres, o cyberbullying e outras formas de abuso em redes sociais.

Pastor Davi Passamani é preso por importunação sexual

 

Pastor Davi Passamani É preso em Goiás por suspeita de crimes sexuais; Defesa nega acusação - O pastor evangélico e fundador da igreja A Casa, Davi Passamani, foi preso em Goiânia, Goiás, no fim da tarde de quinta-feira, 4. O religioso é investigado por crimes sexuais. "A Polícia Civil de Goiás (PCGO), por meio da Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher, prendeu preventivamente Davi Vieira Passamani, investigado pelo delito de importunação sexual, fato ocorrido em dezembro de 2023", conforme a polícia civil. É a terceira vez que Passamani é investigado por crimes sexuais em desfavor de fiéis, de acordo com a polícia.

Conforme a investigação, o pastor havia renunciado à presidência da igreja A Casa por causa das investigações de crime sexual. "Após o autor abrir uma nova igreja, a PCGO representou pela prisão preventiva do investigado, considerando o grave risco à ordem pública, já que o autor praticou o delito sexual, valendo-se do seu exercício religioso", acrescentou a polícia civil.

Segundo a defesa, a prisão ocorreu para impedir que o pastor participe de práticas religiosas. Com isso, segundo a polícia informou para o advogado, ele ficaria impedido de praticar novos atos de assédio. A defesa disse que ingressou com pedido de habeas corpus.

Em nota, o advogado Leandro Silva afirma ainda que foi informado apenas verbalmente pela autoridade policial sobre o motivo da prisão. "Seria o fato de Davi Passamani estar presente em louvores e isso representa risco à sociedade de ocorrência de possíveis novas vítimas de assédio", disse ele, ao reforçar que a polícia se negou a entregar a cópia da decisão judicial que fundamentou a prisão.

"O ato de prisão de Passamani é ilegal, posto que não foi entregue a ele e nem ao seu advogado a cópia da decisão judicial que contêm os fundamentos geradores da sua prisão", alega a defesa.

Silva acrescenta que a prisão, segundo a delegada do caso, está relacionada ao inquérito policial inaugurado no fim de 2023 por suspeita de assédio, que não foi concluído.

"Ressalte-se que Passamani nunca foi condenado criminalmente por tipo penal de assédio sexual e a defesa nega tais acusações. Reafirma-se, mais uma vez, que tudo não passa de uma conspiração para destruição de sua imagem e investida ilegítima de seu patrimônio, ruína financeira, bem como o impedimento de qualquer prática religiosa", afirmou ainda a defesa, completando que desconhece qualquer ordem judicial que o impeça de prática religiosa.

A defesa do religioso afirma ainda que não existe denúncia, processo ou sentença criminal contra ele por ato de importunação sexual. "O que existe é um inquérito policial que apura o fato de uma conversa por aplicativo de mensagem, ocorrida no dia 19 de dezembro do ano passado, entre a vítima e outra pessoa que afirma ser Passamani. "Segundo a vítima, as mensagens se iniciaram às 3h30 e se encerraram às 5h10 (1hs40min), contudo, apenas trechos de segundos e algumas fotos foram apresentadas como sendo ele. Não há no inquérito outros diálogos." (Fonte: Uol)

POLÍTICA E RELIGIÃO PODEM SE MISTURAR?

 Assista o vídeo com os jornalistas Haroldo Mendes e Gérson Siqueira