O texto doutrinário examina diversos títulos atribuídos à Maria e adverte contra o uso de alguns, como “Corredentora” e “Mediatriz”.
O Dicastério para a Doutrina da Fé publicou nesta terça-feira (04) a Nota Doutrinal “Mater Populi Fidelis” (A Mãe do Povo Fiel, em português), aprovada pelo Papa Leão XIV, esclarecendo os títulos atribuídos à 'Virgem Maria' e reafirmando a centralidade de Cristo na obra da salvação.
O documento reconhece títulos como “Mãe dos Fiéis”, “Mãe Espiritual” e “Mãe dos Crentes”, que expressam a maternidade espiritual de Maria, mas rejeita o uso do título “Corredentora”.
O comunicado oficial considera que o termo “Corredentora” pode gerar confusão, sugerindo que Maria teria um papel igual ao de Cristo na redenção.
A Nota enfatiza que Jesus Cristo é o único Mediador e Salvador, e que Maria coopera de forma singular, mas sempre subordinada.
TEOLOGICAMENTE PROBLEMÁTICAS
Também é abordado o termo “Mediadora”, que pode ser aceito em sentido restrito, indicando intercessão, mas não como fonte independente de graça.
O título de Corredentora, por sua vez, é considerado inoportuno e inconveniente. O título de Medianeira é considerado inaceitável quando assume um significado que é exclusivo de Jesus Cristo, mas é considerado precioso quando expressa uma mediação inclusiva e participativa que glorifica o poder de Cristo.
“A declaração bíblica sobre a mediação exclusiva de Cristo é conclusiva. Cristo é o único mediador”, afirma a Nota.
A decisão busca evitar interpretações equivocadas na catequese e na devoção popular, além de favorecer o diálogo ecumênico com outras tradições cristãs, que rejeitam títulos como “Corredentora”.
O documento relembra que o Concílio Vaticano II e papas anteriores já haviam evitado definir esse título como dogma.
A Nota Doutrinal, aprovada pelo Papa em 7 de outubro, é assinada pelo prefeito, cardeal Víctor Manuel Fernández, e pelo secretário da Seção Doutrinária do Dicastério, Monsenhor Armando Matteo.
Fonte: Vatican News
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