MINISTRO SILVIO ALMEIDA DOS DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA É ACUSADO DE ASSÉDIO SEXUAL

 

Denúncias contra o chefe da pasta dos Direitos Humanos e Cidadania estão sendo apuradas pela Comissão de Ética da República; ministro nega as acusações.

A organização Me Too Brasil confirmou, na quinta-feira (5), o recebimento de denúncias de assédio sexual por parte do ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida.

Segundo comunicado da organização, as vítimas foram atendidas por meio dos canais de atendimento da organização e receberam acolhimento psicológico e jurídico.

O caso foi publicado inicialmente pelo portal “Metrópoles”, que apontou a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, como sendo uma das vítimas de Silvio Almeida. A CNN apurou que ela relatou, para integrantes do governo, ter sido alvo de assédio.

A Comissão de Ética da República instaurou um procedimento para apurar as denúncias que envolvem o ministro, que foi ouvido pelo ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius Carvalho, e também pelo advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias.


Perfil

Indicado pelo presidente Lula (PT) para chefiar a pasta dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, de 48 anos, é graduado em Direito pela Faculdade Presbiteriana Mackenzie (1999) e em Filosofia pela Universidade de São Paulo (2011).

Ele é também mestre em Direito Político e Econômico e doutor em Filosofia e Teoria Geral do Direito. É autor das obras “Racismo Estrutural”, “Sartre – direito e política: ontologia, liberdade e revolução”, e “O Direito no Jovem Lukács: A Filosofia do Direito em História e Consciência de Classe”.

Presidiu o Centro de Estudos Brasileiros do Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE), assim como o Instituto Luiz Gama, organização de direitos humanos voltada à defesa jurídica das minorias e de causas populares.

Em 2020, ele foi professor visitante na Universidade Duke, nos Estados Unidos, onde lecionou nos cursos “Raça e Direito na América Latina” e “Black Lives Matter: Brasil e Estados Unidos”.


Governo chama ministro para prestar esclarecimentos

O governo convocou o ministro Silvio Almeida para prestar esclarecimentos após tomar conhecimento das denúncias de assédio sexual.

Em nota, o Planalto afirmou que “reconhece a gravidade das denúncias” e que “o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”.


Silvio Almeida pede apuração de denúncias

O ministro, por sua vez, solicitou, ainda na noite de quinta-feira, que a Procuradoria-Geral da República (PGR), à Controladoria-Geral da União (CGU) e à Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República, que apurem as denúncias feitas contra ele.

No documento, ele afirma que “toda e qualquer denúncia deve ser investigada com todo o rigor da Lei, é urgente que os fatos sejam cuidadosamente apurados e processados”.

Em nota publicada, Almeida negou as acusações.

“Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim. Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, a favor dos direitos humanos e da cidadania neste país”, afirmou.

O Instituto Luiz Gama, fundado pelo ministro, também soltou uma nota dizendo que ele é alvo de racismo e tramas.

“Se alguém tinha dúvida, agora não há mais. Há um movimento organizado por meio de mentiras para derrubar Silvio Almeida e tirá-lo do jogo político”, escreveram nas redes sociais. (Fonte CNN)

SÍNDROME DE PERSEGUIÇÃO

 

Carlos Viana diz que foi atacado nas redes por ser o 'único candidato evangélico' em BH

- Alguns evangélicos têm uma certa mania de se acharem perseguidos. Qualquer contestação que possa contrariar suas ideias, surge logo a afirmativa de que são perseguidos por serem evangélicos. O fato é que muitos políticos e candidatos a políticos evangélicos, querem impor suas doutrinas e costumes à sociedade, esquecendo muitas vezes de que o Estado é laico e que no Brasil não existe religião oficial.

E para não fugir à regra, temos aqui em BH o candidato à prefeitura, o senador licenciado Carlos Viana, que se apresenta como o único candidato evangélico a disputar a prefeitura de Belo Horizonte.

Quando questionado sobre os desafios para dialogar com o público não-evangélico ao se colocar como o “único candidato evangélico” na disputa pela Prefeitura de BH, Carlos Viana (Podemos) disse que passou a ser “perseguido de maneira absurda” nas redes sociais. A declaração foi dada durante sabatina na FM O TEMPO 91,7 nesta segunda-feira (26 de agosto). 

De acordo com o senador licenciado, o “ódio nas redes sociais vem da extrema-esquerda e da extrema-direita”. “É algo impressionante como as pessoas não respeitam isso (de ser evangélico)”, declarou. Viana, entretanto, afirmou que não percebeu esse tipo de ataque por parte de concorrentes. 

O candidato disse ainda que tem maturidade para entender que o Estado é laico e  que pretende governar para todo mundo, mas destaca que existem princípios fundamentais para os evangélicos: honestidade, transparência e a palavra. “Para a gente, o que manda muito é o que a pessoa fala. Quando eu digo que sou o único candidato evangélico, eu vou cumprir o que eu vou falar. Se eu não cumprir, não vou estar seguindo o que a minha fé determina”, afirmou.

Carlos Viana disse estar aberto às críticas, principalmente de pessoas que não têm voz na administração. “E mostrar para a cidade que a questão da fé e dos princípios está associada à competência”, afirmou ao dizer que foi eleito um dos melhores senadores do país em prêmios específicos. Será? (Da Redação)


DE OLHO NOS EVANGÉLICOS, PT SELA ALIANÇAS E ESCOLHE PASTORES COMO VICES

 

No lançamento da Frente Evangélica com o prefeito de Diadema (SP) José Filippi, foi anunciado o nome do pastor Rubens Cavalcanti (PV) como seu candidato a vice-prefeito.

Com a cabeça baixa e as mãos espalmadas para o alto, o prefeito de Diadema, José de Filippi Júnior (PT), faz uma oração cercado por um grupo de apoiadores. 

A aliança foi selada em 31 de julho e consolidou a chapa liderada pelo petista, que busca seu quarto mandato na cidade da Grande São Paulo. Com 393 mil habitantes, Diadema vive um avanço da população que se declara como evangélica, o que fez o prefeito buscar pontes.

“É preciso dialogar com esse eleitor, mas não apenas em um debate religioso, e sim na construção de políticas públicas”, afirma Filippi.

Longe dos olhos dos grandes centros, o movimento de aproximação do PT com evangélicos avançou algumas casas em cidades médias e pequenas, parte delas consideradas prioritárias para o partido nesta eleição municipal.

A estratégia vai ao encontro da determinação do partido de buscar se aproximar do eleitorado evangélico nas eleições municipais deste ano, movimento que incluiu o lançamento de um cartilha pela Fundação Perseu Abramo, braço do PT que se dedica à pesquisa e à educação política do partido.

O objetivo é fazer frente ao bolsonarismo e tentar atrair uma parcela do eleitorado evangélico, sobretudo os mais pobres que foram beneficiados por programas sociais do governo Lula (PT), caso do Bolsa Família, do Prouni e do Minha Casa Minha, Vida.

Levantamento feito pela Folha aponta que ao menos 75 candidatos a vereador pelo PT se identificam como bispos, pastores e missionários. Dentre eles estão candidatos que concorrem nas capitais, caso da Bispa Zildene Carvalho, em São Paulo, e do Pastor Wellington do Pinheiro, em Maceió.

Dos 13 candidatos a prefeito do partido nas capitais, o PT concorre com uma evangélica em Campo Grande: a deputada federal Camila Jara. Eleita em 2022 como a parlamentar mais jovem da bancada petista, ela atuou para aproximar os evangélicos da candidatura de Lula na eleição presidencial.

Ela recorda que, nos últimos anos, houve uma forte associação entre evangélicos e o bolsonarismo, movimento que cresceu de forma paulatina desde 2016: “Lembro de estar na igreja e começarem orações pela nação, depois foi avançando com o pedido para livrar o país do mal. A campanha de ódio foi tão grande que ser petista se tornou sinônimo de doença.”

Mesmo diante desse cenário, ela afirma que a aproximação do PT com os evangélicos é natural e diz que o partido defende a essência do Cristianismo: justiça social, combate à pobreza e direitos humanos.

“Embora o PT e os evangélicos possam divergir em algumas pautas sociais, há valores comuns que podem ser explorados, como o combate à desigualdade. Enfatizar esses pontos em comum é o que tem facilitado o diálogo e diminuição da resistência”, avalia.

Em Dourados, segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul, o PT também disputa com um candidato evangélico: o advogado e professor Tiago Botelho. Ele estreou nas urnas em 2022, quando ficou em terceiro lugar na disputa pelo Senado e agora mira a prefeitura.

Nas cidades que são as principais apostas do PT na Bahia nesta eleição –Feira de Santana e Camaçari– a chapa tem vices evangélicos. Também foi escolhido um pastor como vice do PT em Santo Amaro, cidade do Recôncavo baiano.

Em Camaçari, quarto maior colégio eleitoral do estado e cidade estratégica da Grande Salvador, o candidato Luiz Caetano (PT) escolheu como companheira de chapa Edeilza Sousa Santos (PSB), mais conhecida como Pastora Déa.

Criada na periferia de Camaçari, Déa é fundadora do Instituto Mãezona, que atende pessoas em situação de vulnerabilidade, e pastora da Igreja Novo Tempo, no bairro Novo Horizonte. Sua trajetória política começou em 2020, quando foi candidata a vereadora pelo Republicanos, mas não foi eleita.

Nesta eleição, foi convidada para ser candidata a vice-prefeita. Seu perfil foi considerado o ideal para compor uma chapa plural e heterogênea.

“A pastora Déa é mulher, negra, uma pessoa qualificada e faz um trabalho de acolhimento que é uma das metas do nosso governo, que é cuidar de gente”, afirma o petista.

Seu desafio nesta eleição será o de atingir um eleitorado mais conservador na disputa contra o vereador Flávio Matos (União Brasil), apoiado por legendas de direita como PL e Republicanos.

Em Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia, o deputado federal Zé Neto (PT) concorre à prefeitura pela sexta vez e terá o cantor gospel Sandro Nazireu (Podemos) como candidato a vice.

Nazireu começou sua trajetória na música como tecladista da Banda Mel, um dos grupos pioneiros do axé. Mas há quase duas décadas se dedica ao segmento gospel, com uma carreira de sucesso.

Decidiu ingressar na política em 2022, quando foi candidato a deputado federal pelo PP no campo de oposição ao PT –apoiou Jair Bolsonaro (PL) para presidente. Promoveu a campanha “Crente Vota em Crente”, mas saiu das urnas com 10 mil votos e não foi eleito.

Desde então, Nazireu aproximou-se do governo Jerônimo Rodrigues (PT). Como empresário do ramo fonográfico, coordenou edições do festival gospel Canta Feira, evento patrocinado com recursos do governo baiano.

Também pesou na escolha o simbolismo de ser um nome que veio do campo adversário, liderado pelo candidato a prefeito José Ronaldo (União Brasil), cujo grupo comanda a cidade desde 2001. O passado bolsonarista do candidato, contudo, irritou aliados da esquerda.

Em Diadema, a definição do pastor Rubens como vice de José de Filippi Júnior também surpreendeu parte dos aliados, mas não houve resistências. Além de pastor da Igreja Assembleia de Deus Ministério de Madureira, Rubens é servidor da prefeitura desde 2006.

Filippi Júnior argumenta que a aproximação do PT com os evangélicos vem desde 2002, quando Lula teve apoio de várias denominações cristãs. Destaca que afastamento deste eleitorado foi “baseado em forte disseminação de fake news” por bolsonaristas.

“Decantado um pouco esse ódio estimulado pela extrema-direita e pelo bolsonarismo, é preciso resgatar esses laços. Costumo falar que Diadema é um retrato 3×4 do Brasil, pelas características daqui. E o que vemos é a reabertura do canal de diálogo com o público evangélico”, avalia. (Fonte: Jbr)

EMPRESA CRISTÃ AMERICANA VAI LANÇAR PLATAFORMA PARA CONCORRER COM NETFLIX E AMAZON

 

A rede de fast-food cristã "Chick-fil-A" planeja lançar uma plataforma de streaming para concorrer com as principais empresas do mercado nessa área, como Netflix, Amazon e outras.

A Chick-fil-A liderou o mercado de fast-food dos Estados Unidos por mais de uma década, mesmo se recusando a abrir suas lojas aos domingos (por ser o Dia do Senhor), vindo até sofrer perseguição por isso.

Em 2019, após uma tentativa de cancelamento, a empresa mais que dobrou suas vendas.

Agora, a empresa cristã está colocando em prática um audacioso projeto: produzir programas para toda a família. Para isso, está construindo um estúdio gigantesco em Atlanta, Geórgia, considerado o maior estúdio cinematográfico fora da Califórnia. A área total é de 2,9 mil quilômetros quadrados.

Embora seja especialista no ramo de restaurantes, com 3 mil lojas e um lance de frango exclusivo, a empresa já se envolveu com criação de conteúdo anteriormente. Em 2021, lançou a série de curtas-metragens animados Stories of Evergreen Hills, focada no público norte-americano.

Os planos estão avançados, já que de acordo com informações do portal Deadline, a empresa está negociando o licenciamento de conteúdo de outras produtoras, além de adquirir os direitos autorais de outras obras. Um exemplo é um programa de perguntas e respostas focado no público familiar, que terá inicialmente 10 episódios.

Plataforma de streaming

Dados estatísticos recentes mostram que o público gasta mais de três horas consumindo conteúdo em plataformas de streaming todos os dias. Nos Estados Unidos, 99% dos lares assinam pelo menos um serviço, sendo a Netflix a empresa com mais clientes no país: 260,2 milhões de assinantes.

O youtuber Giovanni Bertone “John” Campea, um canadense crítico de cinema e mídia, avalia a decisão da empresa cristã como uma oportunidade estratégica: “Se eles quisessem ser um serviço de streaming focado em conteúdo familiar, então você sabe o quê? Muitos dos grandes inventores sempre disseram, ouça, você quer fazer sucesso, encontre uma necessidade e preencha-a”.

“Existe um nicho por aí para um serviço de streaming que seja completamente dedicado apenas a conteúdo familiar? Eles poderiam encontrar um caminho para si mesmos”, ressaltou Campea.

 (Fonte: The Christian Post).

NICARÁGUA EXPULSA CENTENAS DE ONGS DO PAÍS E OBRIGA IGREJAS A PAGAR IMPOSTOS

 

Bandeira da Nicarágua ao lado da Catedral Velha em Managuá, capital do país.
Bandeira da Nicarágua ao lado da Catedral Velha em Manágua, capital do país.

Regime de Daniel Ortega lança nova ofensiva contra associações não governamentais e derruba lei que isentava impostos sobre entidades religiosas

A Nicarágua ordenou nesta quinta-feira (22/08) que igrejas e entidades religiosas paguem imposto de renda e forçou o fechamento de mais de 150 organizações não governamentais, em uma nova ação contra opositores do regime de Daniel Ortega.

A resolução revoga a “Lei de Regulação Tributária” que isentava as igrejas do pagamento das taxas. Agora, qualquer entidade religiosa fica sujeita a pagar ao governo 30% de sua renda anual.

O governo também fechou 151 ONGs, a maioria delas comerciais. Entre elas estão a Câmara Espanhola de Comércio, a Câmara Americana de Comércio da Nicarágua (Amcham), a Federação das Câmaras Europeias de Comércio e Indústria da Nicarágua e a Associação Civil da Câmara Alemã de Indústria e Comércio da Nicarágua.

O governo acusa as ONGs de não cumprirem as leis que as regulamentam, pois não informaram, por períodos de 1 a 35 anos, seus demonstrativos financeiros. Deputados governistas alegam que as associações usaram recursos de doações para tentar derrubar Ortega nas manifestações contra o regime, em 2018.

Na segunda-feira, o governo já tinha banido do país, em um único ato, outras 1.500 ONGs, incluindo 700 organizações de caráter religioso, além de associações educacionais e sociais. Dessa vez, os bens dos órgãos também foram confiscados pelo Estado.

A ofensiva jurídica contra as ONGs é similar à estratégia encampada pelo presidente venezuelano Nicolás Maduro.

As medidas foram tomadas depois de a Assembleia Nacional do país reformar leis que alteram o funcionamento das ONGs, que agora terão de formar “alianças” com instituições estatais para implementar seus projetos.

Repercussão internacional

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) condenou a decisão nesta quinta-feira (22/08). “Esta ação intensifica a repressão na Nicarágua, demonstrando o ataque contínuo contra o pluralismo e o fechamento deliberado do espaço cívico e democrático no país”, denunciou a CIDH em nota.

“A decisão das autoridades nicaraguenses de proibir mais 1.500 organizações da sociedade civil, cerca de metade delas associações religiosas, é profundamente alarmante, ainda mais em um país que viu o espaço cívico ser erodido nos últimos anos”, concordou a porta-voz do escritório de direitos humanos da ONU, Elizabeth Throssell, em um comunicado.

No começo de agosto deste ano, o governo Lula expulsou a embaixadora da Nicarágua no Brasil, Fulvia Patricia Castro Matus. A decisão veio como resposta à expulsão, um dia antes, do embaixador brasileiro na Nicarágua, Breno de Souza da Costa.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantinha proximidade com Ortega desde 1980, mas a relação passou a ficar estremecida desde o ano passado.

Ortega tornou-se líder da Nicarágua como chefe de uma junta, em 1979, depois de lutar no movimento sandinista que derrubou a ditadura da família Somoza, apoiada pelos EUA. Mais tarde, foi eleito presidente do país, em 1985. Derrotado nas eleições de 1990, ele retornou ao poder em 2007 e, desde então, anulou os limites do mandato presidencial e assumiu o controle de todos os ramos do Estado. 

Ofensiva contra igrejas

O governo já prendeu centenas de opositores desde os protestos contra o regime de Ortega em 2018 que, segundo as Nações Unidas, deixou mais de 300 pessoas mortas. A nova ofensiva aumenta para 5.200 o número de organizações civis dissolvidas no país em seis anos.

Desde 2022, Ortega intensificou uma ofensiva contra as igrejas católica e evangélica no país, confiscando propriedades e prendendo padres e bispos que denunciaram a guinada autoritária do regime. (Fonte MSN)

ZELENSKY ASSINA LEI QUE PROÍBE GRUPOS RELIGIOSOS LIGADOS À RUSSIA

 

Principal alvo do projeto de lei é a Igreja Ortodoxa Ucraniana que historicamente tem sido ligada à Igreja Ortodoxa Russa.

O presidente da Ucrânia, Volodymr Zelensky sancionou um projeto de lei que proíbe grupos religiosos com laços com a Rússia neste sábado (24), Dia da Independência da Ucrânia.

O principal alvo do projeto de lei é a Igreja Ortodoxa Ucraniana (IOC), que historicamente tem sido ligada à Igreja Ortodoxa Russa, também conhecida como Patriarcado de Moscou.

Zelensky fez referência ao projeto de lei em seu discurso noturno, dizendo que “a ortodoxia ucraniana hoje está dando um passo em direção à libertação dos demônios de Moscou”.

A nova lei dá à Igreja Ortodoxa Ucraniana (IOC) e outros grupos religiosos nove meses para cortar laços com a Rússia ou correr o risco de serem fechados por ordem judicial. A lei foi aprovada pelo parlamento ucraniano em 20 de agosto, com 265 legisladores votando a favor e 29 votando contra.

Enquanto a IOC alega ter cortado laços com a Igreja Ortodoxa Russa em 2022, o Serviço Estatal de Política Étnica e Liberdade de Consciência da Ucrânia diz que os laços ainda estão intactos e a igreja ucraniana permanece na órbita de Moscou.

O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) acusou a IOC de espalhar propaganda pró-Moscou. Desde o início da invasão em larga escala, o SBU abriu processos criminais contra mais de 100 clérigos da igreja. Quase 50 já foram acusados ​​e 26 receberam sentenças, de acordo com o serviço de segurança ucraniano.

Um dos clérigos condenados usou seus sermões para defender a invasão em larga escala da Rússia e a tomada de partes da Ucrânia. Em conversas com paroquianos, o clérigo tentou persuadi-los a ir para a Rússia ou regiões ocupadas para ajudar os russos. Ele foi condenado a cinco anos.

O objetivo desta lei é proibir as atividades do Patriarcado de Moscou na Ucrânia “que é um instrumento de influência e propaganda russa”, de acordo com Mykyta Poturaiev, um membro ucraniano do Parlamento que patrocinou o projeto de lei.

“O Patriarcado de Moscou não é uma inspiração, mas um participante da guerra”, disse Poturaiev.

A maioria dos ucranianos é ortodoxa. Durante séculos, as igrejas ucranianas foram subordinadas e administradas pelo Patriarcado de Moscou. Mas com a anexação da Crimeia pela Rússia em 2014, as igrejas ortodoxas da Ucrânia se dividiram.

Em 2019, o líder espiritual do mundo ortodoxo, o Patriarca Bartolomeu I de Constantinopla, reconheceu oficialmente uma Igreja Ortodoxa da Ucrânia independente, sediada em Kiev.

Para o líder da igreja ucraniana de Kiev, Metropolitan Epiphanius, a lei oferece uma oportunidade “de proteger o espaço espiritual ucraniano do jugo do mundo russo”.

“Todos podem ver que na Rússia, os centros religiosos, não apenas o Patriarcado de Moscou, mas também os centros de muçulmanos, protestantes e budistas, estão sob o controle total do Kremlin. Eles espalham a ideologia do mundo russo, justificam a guerra contra a Ucrânia e dizem que é uma chamada guerra santa. Que a destruição da Ucrânia é um objetivo moralmente justificado e até mesmo um dever das tropas russas”, disse.

De acordo com uma pesquisa conduzida pelo Instituto Internacional de Sociologia de Kiev (KIIS) em abril de 2024, 83% dos ucranianos acreditavam que o estado deveria intervir nas atividades da IOC em um grau ou outro. Em particular, 63% acreditam que a Igreja Ortodoxa Ucraniana deveria ser completamente proibida na Ucrânia.

O metropolita Clement, porta-voz da IOC, criticou o projeto de lei em uma declaração no Facebook, chamando a lei de uma tentativa de “dividir as pessoas em cidadãos certos e errados”.

Do lado de fora de uma igreja da IOC em Kiev, um paroquiano de 47 anos disse que as recentes ações contra sua igreja foram sufocantes. “O governo agora está se infiltrando em minha alma. Cabe a mim decidir como oro. Eles ficaram completamente loucos”, disse o paroquiano — que se recusou a dar seu nome por medo de represálias — à CNN.

Ihor, um oficial ucraniano, costumava adorar na IOC, mas disse que parou de ir à igreja completamente.

Embora ele não ache que a política deva se envolver com religião, ele reconhece que “há muitos padres na Igreja Ortodoxa Ucraniana que apoiam a Rússia e a guerra na Ucrânia. Por isso, eles devem responder diante de Deus”. (Fonte CNN)

EVANGÉLICOS FUNDAMENTALISTAS ADORAM FLERTAR COM A EXTREMA-DIREITA

 

Todos temos acompanhado pelas mídias sociais e pela imprensa o desempenho agressivo do auto intitulado ex-coach Pablo Marçal, em sua campanha para a prefeitura de São Paulo.

Mesmo se declarando representante da direita e devoto do ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-coach acabou criando um problema sério para o atual prefeito (apoiado por Bolsonaro) e também candidato a reeleição da maior cidade do país, Ricardo Nunes.

Bolsonaro nega qualquer apoio a Marçal, que inclusive, já virou alvo da artilharia digital da família Bolsonaro, destaque para o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, a quem recentemente em entrevista coletiva, Marçal chamou de retardado.

Não obstante tudo isso, dividindo a direita e criando confusão com a família Bolsonaro, Marçal responde a processos por calúnias e difamação contra seus adversários políticos, entre eles Guilherme Boulos, também candidato à prefeitura de SP, a quem acusou de ser usuário de cocaína, sem contudo apresentar nenhuma prova. Boulos segue na liderança das intenções de votos em São Paulo.

As façanhas do coach não terminam aí. Ele agora quer abocanhar uma fatia importante do eleitorado, que é o público evangélico. E parece que está conseguindo atrair setores mais conservadores entre eles.

Não sei se é sina ou estigma, mas evangélicos no Brasil adoram flertar com a extrema-direita. É uma predileção que vai de encontro contra tudo o que Jesus ensinou.

Quem não se lembra na campanha para presidente em 2022 do apoio quase que maciço dos evangélicos a Jair Bolsonaro? Como esquecer a visão de crentes fazendo arminha com as mãos dentro dos templos evangélicos, afirmando apoio ao delírio bolsonarista de armar a população?

É algo incompreensível a adesão do segmento evangélico aos partidos e políticos da extrema-direita. Em nome do conservadorismo querem perpetuar a barbárie e o atraso social e cultural. A impressão que fica é que eles, os evangélicos conservadores, querem implantar uma espécie de teocracia inspirada no Velho Testamento aqui no Brasil. Existe sim um projeto de poder dos evangélicos ditos conservadores. Basta observar as pautas e prioridades da chamada Bancada Evangélica ou Bancada da Bíblia.

Como cristão, pastor protestante e jornalista é meu dever denunciar toda e qualquer articulação que possa macular o Evangelho da Graça  e a proposta de justiça social e amor ao próximo de Jesus.

Nem Pablo Marçal e nem Bolsonaro ou mesmo Lula estão à altura da mensagem libertadora de Jesus.

Como igreja devemos refletir e não nos deixar levar por enganadores como Pablo Marçal, mas sim firmar nossos pés em Jesus e em seu Evangelho de salvação e graça.


Haroldo Mendes


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