"No Brasil atual, falar em ajudar os pobres ou mesmo anunciar a mensagem de Jesus aos excluídos, faz com que você seja tachado de esquerdista ou comunista. Muitos perderam a noção da mensagem libertadora do Evangelho de Jesus e a transformaram em uma espécie de tribunal moralista para julgar a vida alheia. Isso é tudo, menos o Evangelho anunciado pelo carpinteiro de Nazaré".

Haroldo Mendes

A POLÍTICA E O CRISTÃO - COMO NOS COMPORTAR?

 

O Brasil vive um dos momentos mais difíceis da sua história. Não somente por causa da pandemia do novo Coronavírus que assolou o mundo, mas também e principalmente, por causa da polarização política que estamos enfrentando. E o que é pior, essa polarização chegou até à igreja, criando grandes conflitos entre irmãos de várias denominações do Brasil. 

O grupo pró Bolsonaro quer impor a todo custo sua agenda governista alinhada com ideais conservadoristas, pró armamento, contra o STF, o Senado, contra o aborto e a ideologia de gênero. Por outro lado, há os que radicalizam mais à esquerda, propondo a descriminalização do aborto, da maconha, a favor da ideologia de gênero, contra o armamento da população e uma série de outras propostas que rolam em ambos os lados. 

É preciso lembrar que enquanto cristãos devemos nos pautar pelo equilíbrio. Há cristãos que embora sejam de direita ou de esquerda, não compactuam com muitas pautas apontadas por ambas as ideologias. E há de se saber também que a realidade brasileira não se resume em esquerda e direita e que existem outras vias menos radicais. 

O que quero deixar aqui nesse artigo para você meu dileto leitor(a) não é a defesa da direita, esquerda ou centro, mas sim, como devemos nos comportar enquanto cristãos e seguidores de Jesus o carpinteiro de Nazaré. Ele em sua trajetória neste mundo não se identificou com nenhuma ideologia ou partido político. Seu foco e a ênfase de sua pregação eram o Reino de Deus e sua justiça (S. Lucas 11:20). Por mais de uma vez ele afirmou peremptoriamente que o seu reino não é deste mundo. 

Jesus pregou a paz e a fraternidade entre as pessoas. Encarou o status quo religioso e político do seu tempo e foi executado pelo Império Romano a mando do grupo religioso dominante em sua época. 

Deixando de lado as questões ideológicas e políticas, quero expressar minha reflexão para que você caríssimo(a) e abençoado(a) leitor(a), possa vislumbrar um horizonte menos ácido e voltar seus olhos para o que realmente importa. 

Antes de qualquer ideologia somos seguidores de Jesus. A proposta do Mestre deve estar acima de toda e qualquer bandeira política. Somos irmãos em Cristo e como tais, iremos juntos compartilhar da vida eterna preparada para nós por nosso Senhor e Mestre. Tudo no mundo passará e somente a verdade de Deus permanecerá. Vamos nos respeitar uns aos outros como convém a santos. Vamos deixar que a bandeira do Evangelho de amor nos cubra e dirija nossos passos e pensamentos. Em Cristo somos um. Nossa pátria é celeste e não terrena. Mas isso não significa que devemos ser alienados políticos. Não. Podemos e devemos sim participar das ações políticas do nosso país. As igrejas têm papel relevante na construção da sociedade. 

Mas sobretudo, vivamos a verdadeira vida em amor e respeito. O Senhor é conosco! 

 

Haroldo Mendes 


A CÂMERA FOTOGRÁFICA QUE SALVOU OS JUDEUS


 Conheça a história incrível de uma das melhores câmeras fotográficas do mundo 

A Leica é a câmera pioneira de 35mm. É um produto alemão - preciso, minimalista e totalmente eficiente. Por trás de sua aceitação mundial como uma ferramenta criativa, havia uma empresa familiar de orientação social que, durante a era nazista, agia com graça, generosidade e modéstia incomuns. A E. Leitz Inc., designer e fabricante do produto fotográfico mais famoso da Alemanha, salvou seus judeus.

E Ernst Leitz II, o patriarca protestante de olhos de aço que liderou a firma mantida de perto enquanto o Holocausto se aproximava da Europa, agia de forma a ganhar o título, "o Schindler da indústria da fotografia".

Assim que Adolf Hitler foi nomeado chanceler da Alemanha em 1933, Ernst Leitz II começou a receber telefonemas frenéticos de associados judeus, pedindo sua ajuda para tirar eles e suas famílias do país. Como cristãos, Leitz e sua família eram imunes às leis de Nuremberg da Alemanha nazista, que restringiam o movimento dos judeus e limitavam suas atividades profissionais.

Para ajudar seus trabalhadores e colegas judeus, Leitz estabeleceu discretamente o que se tornou conhecido entre os historiadores do Holocausto como "o Leica Freedom Train", um meio secreto de permitir que os judeus deixassem a Alemanha sob o pretexto de serem empregados no exterior.

Funcionários, varejistas, familiares, até mesmo amigos de familiares foram "designados" para os escritórios de vendas da Leitz na França, Grã-Bretanha, Hong Kong e Estados Unidos, as atividades da Leitz se intensificaram após a Kristallnacht de novembro de 1938, durante a qual sinagogas e lojas judias foram queimadas em toda a Alemanha...

Em pouco tempo, os "funcionários" alemães estavam desembarcando do transatlântico Bremen em um píer de Nova York e indo para o escritório de Manhattan da Leitz Inc., onde os executivos rapidamente os encontravam na industria fotográfica. No pescoço usavam o símbolo da liberdade - uma nova câmera Leica. Os refugiados receberam uma bolsa até que pudessem encontrar trabalho. Fora dessa migração vieram designers, técnicos de reparação, vendedores, comerciantes e escritores para a imprensa fotográfica.

O "Leica Freedom Train" estava no auge em 1938 e no início de 1939, entregando grupos de refugiados a Nova York a cada poucas semanas. Então, com a invasão da Polônia em 1º de setembro de 1939, a Alemanha fechou suas fronteiras. Naquela época, centenas de judeus haviam escapado para a América, graças aos esforços dos Leitzes. Como Ernst Leitz II e sua equipe escaparam? A Leitz, Inc. era uma marca internacionalmente reconhecida que refletia o crédito no recém-ressurgente Reich. A empresa produzia câmeras, buscadores de alcance e outros sistemas ópticos para os militares alemães. Além disso, o governo nazista precisava desesperadamente de moeda forte do exterior, e o maior mercado de produtos ópticos de Leitz eram os Estados Unidos.

Mesmo assim, membros da família e empresa Leitz sofreram por suas boas obras. Um alto executivo foi preso por trabalhar para ajudar os judeus e libertado apenas após o pagamento de um grande suborno.

A filha de Leitz, Elsie Kuhn-Leitz, foi presa pela Gestapo depois de ser pega na fronteira, ajudando mulheres judias a atravessar para a Suíça. Ela acabou sendo libertada, mas sofreu um tratamento difícil durante o interrogatório. Ela também ficou sob suspeita quando tentou melhorar as condições de vida de 700 a 800 trabalhadores escravos ucranianos, todos mulheres, que foram designadas para trabalhar na fábrica durante a década de 1940. (Após a guerra, Kuhn-Leitz recebeu inúmeras homenagens por seus esforços humanitários, entre eles o Officier d'honneur des Palms Acadêmico da França em 1965 e a Medalha Aristide Briand da Academia Européia na década de 1970.)

Por que ninguém contou essa história até agora? De acordo com o falecido Norman Lipton, escritor e editor freelancer, a família Leitz não queria publicidade por seus esforços heróicos. Somente depois que o último membro da família Leitz morreu, o "Leica Freedom Train" finalmente foi descoberto. É agora o tema de um livro, "A Maior Invenção da Família Leitz: O Trem da Liberdade Leica", de Frank Dabba Smith, um rabino nascido na Califórnia que atualmente mora na Inglaterra.

 

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Arqueólogos de Israel encontram fragmentos de pergaminhos com textos manuscritos da Bíblia

 


Eles fariam parte dos manuscritos do Mar Morto, descobertos em 1947 por beduínos. Os manuscritos deram uma visão da sociedade e da religião judaicas, antes e depois da época de Jesus.


Arqueólogos de Israel encontraram fragmentos de pergaminhos com textos manuscritos da Bíblia.
As cavernas de penhascos no deserto da Judeia ainda escondem segredos. Depois de usar drones para mapear centenas de buracos, arqueólogos israelenses escavaram 11 prováveis esconderijos.
Na chamada “caverna dos horrores”, onde, durante uma revolta contra a antiga Roma e o imperador Adriano, morreram muitas pessoas, encontraram o novo tesouro arqueológico, que contém uma cesta de mais de 10 mil anos, moedas antigas e um esqueleto mumificado de uma criança, datado de 6 mil anos.
E o mais importante: fragmentos de texto bíblico de 2 mil anos, com trechos do Antigo Testamento.
Eles fariam parte dos manuscritos do Mar Morto, descobertos em 1947 por beduínos. Os manuscritos deram uma visão da sociedade e da religião judaicas, antes e depois da época de Jesus.
Oren Ableman, da autoridade de antiguidades de Israel, diz que esses são novos pedaços de um quebra-cabeças e que, apesar de pequenos, trazem conhecimentos sobre aqueles tempos que eles não tinham antes.
As buscas por outras partes de manuscrito foram esgotadas. Até que, recentemente, pedaços de pergaminho apareceram em mercados clandestinos, provavelmente encontrados e vendidos por ladrões de antiguidades.

Fonte: Revista Época

LUTERO E A ALQUIMIA

 
* Gérson Siqueira - 


Neste segundo e igualmente polêmico artigo sobre Lutero, vamos analisar a ligação e a prática do reformador com a alquimia, cujos adeptos buscavam a transformação de metais no desejo de encontrar o tão sonhado elixir da vida.
Estudiosos apontam sua origem já no século III a.C na Alexandria ( Egito) mas ela alcançou seu maior vigor na Idade Média, sendo praticada por católicos e protestantes. Entre os nomes famosos estão o papa João XXII, o já mencionado Christian Rosenkreutz e o mistico luterano Johan Valentim Andreae, autor da obra Núpcias Químicas (1).
A julgar pela quantidade das obras, a participação dos luteranos não foi nada pequena. Além de Andreae, podem ser destacados vários autores protestantes e até mesmo o próprio Lutero, que elogiou a alquimia em opusculo de grande importância (2).
Nesse documento, o reformador afirma , entre outras coisas, que " a ciência da alquimia muito me agrada, e, com efeito, e a filosofia natural dos antigos". Ao final, conclui com fecho de ouro, fazendo uma comparação com o grande julgamento de Deus. " Assim como no forno, o fogo extrai e separa de uma substância as outras partes e arranca o espírito, a vida, a seiva, a força, enquanto as matérias impuras permanecem no fundo....(...) do mesmo modo Deus, no dia do juízo, separará todas as coisas com fogo e fará a separação entre justos e ímpios", diz finalmente Lutero.(3)
Como se viu anteriormente -e ao contrário do que vimos no estudo da Ordem Rosacruz- há provas robustas da participação de Lutero na prática da alquimia que, estranhamente, não figurou de forma substancial no rol dos crimes praticados pelos chamados hereges perseguidos pela Inquisição.

Soli Deo Gloria .

(1) Eliade, Mircea. Ferreiros e Alquimistas, cfe. J.W. Montgomery, 1966.
(2) Idem.
(3) Idem. Cfe.  Tischreden ( conversas a mesa), edição de Weimar, I, 1.149.

* O autor é pastor, teólogo, capelão evangélico e também jornalista, com 38 anos de profissão.

POLÊMICAS SOBRE O REFORMADOR


 Era Martinho Lutero membro da Ordem Rosacruz?


A vida do reformador Martinho Lutero - revelam diversos estudos - sempre foi pautada pela busca da paz espiritual. Essa busca teve início na época em que Martinho, ainda jovem e estudante em Magdeburgo, se matriculou na escola dos Irmãos da Vida Comum, irmandade fundada pelo místico Gerard Groote (século XIII).
Os Irmãos da Vida Comum pregavam basicamente o ascetismo ( vida disciplinar baseada no corpo e espirito para encontro com Deus) e a volta ao cristianismo primitivo, que acabou moldando o pensamento de vários escritores e teologos, entre eles o famoso Tomas de Kempis.
No centro da teologia dos Irmãos da Vida Comum estava a Devotio Moderna, da qual se apropriou o próprio Lutero para a maioria dos seus estudos. Ainda aparecendo como místico em outras polêmicas, Lutero acabou abandonando, mais tarde, a Devotio Moderna. Uma delas e a sua participação na Ordem Rosacruz, que estudaremos neste primeiro artigo.
Um antigo documento assinala a origem da Ordem no ano de 46, uma fraternidade mística que mistura cristianismo primitivo com a mitologia egípcia. Outro- o Fama Fraternitatis- indica o monge alemão Christian Rosenkreutz (1378) como fundador da ordem, teoria negada por muitos rosacruzes modernos. Para estes, Rosenkreutz foi apenas um mero iniciado, não o fundador.
A possível ligação entre Lutero e a Ordem Rosacruz aparece hoje através de parca literatura, composta por documentos, estudos acadêmicos e especulações pela internet. Não há nada de concreto ainda que prove a militância de Lutero entre os místicos rosacruzes, apenas a comparação entre a rosa de Lutero e a da Ordem, essa sim, feita por centenas de estudiosos.
E sobre ela que se baseia nosso artigo. Para isso, precisamos traçar um rápido perfil do aludido fundador, Christian Rosenkreutz. Ele nasceu na Alemanha, nas margens do Reno em 1378 e morreu um ano depois do nascimento de Lutero, 1484. Depois de peregrinações pelo Egito e outros países do Oriente, onde aprendeu a sabedoria milenar para aplicar na Ordem, voltou a Alemanha em 1407, onde, segundo seus admiradores, teria fundado a primeira filial dos Rosacruzes.
Essa também e outra tese desmentida por alguns estudiosos. Documentos mostram que os primeiros panfletos foram exibidos em Kassel, também na Alemanha, mas no ano de 1614, quando a Reforma já estava no auge. Depois de três séculos (1915), foi reformulada com o nome de AMORC (Antiga Mística Ordem Rosacruz), pelo jornalista, filósofo e também ocultista americano Harvey Spencer Lewis .
Não ha nada que prove a militância de Lutero - mesmo que superficial- nas lojas da Amorc, em toda sua vida. Como já dissemos antes, somente especulações e a semelhança entre as rosas, que apresentamos agora por considerar de grande importância .
Podemos notar, depois de apurado estudo visual, algumas semelhanças entre elas. A rosa mística da Amorc tem ao centro 5 pétalas e em toda sua volta, um total de 22. A rosa de Lutero tem também cinco pétalas, e formato idêntico ao da rosacruz. Finalmente, a de Lutero está circundada pela palavra em latim "Vivit", ou Cristo está vivo. A rosacruz, por sua vez, e circundada pelos dizeres INRI, ou Jesus Nazareno Rei dos Judeus.
Algumas dúvidas ainda permanecem para os teólogos com respeito a sua origem. Quem copiou quem? Os rosacruzes se basearam na de Lutero ou foi exatamente o contrário ? Houve mudanças nos desenhos e para quais objetivos ? Prefiro deixar as respostas e devidos julgamentos a critério do amado leitor. 
Graça e Paz.

* Por Gérson Siqueira, jornalista e escritor

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